Em áudio o advogado de Eurípedesadmite que não entregará o dinheiro à comissão do PROS-SP como retaliação. O que será feito com o dinheiro?
A briga pelo comando do PROS acontece há pelo menos dois anos. Após ser retirado da presidência do partido, Marcus Holanda retornou no dia 03/08 ao comando do PROS, por liminar do Min. do STJ Antônio Carlos Ferreira. Porém, na sexta-feira (05/08), o Min. do TSE Ricardo Lewandowski concedeu uma liminar que garantiu a permanência de Eurípedes Júnior no partido, até que o caso fosse julgado em definitivo. Já na quarta-feira (10/08), em votação no plenário virtual, os ministros analisaram a decisão provisória que manteve Eurípedes no cargo. Neste mesmo dia, Eurípedes realizou quatro retiradas da conta partidária, deixando o saldo negativo.
No mesmo dia ele anunciou que a sigla, sob o seu comando, retiraria a pré-candidatura de Pablo Marçal à Presidência, para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
Às vésperas de receber o fundo eleitoral de R$ 91 milhões do PROS, hoje (26/08) o advogado de Eurípedes, Bruno Pena, enviou áudio admitindo que não entregará o dinheiro à atual comissão do PROS-SP como forma deretaliação. O advogado frisou que o dinheiro só poderá ser entregue para Roberto Parillo. Vale destacar que a atual comissão, que possui ata validada pelo TSE, não reconhece Roberto Parillo como integrante de qualquer cargo do PROS-SP. Roberto Parillo possui três processos trabalhistas contra o próprio partido, no valor total de 3 milhões.
Ademais, hoje (26/08), Eurípedes fez questão de pegar de volta o famoso Helicóptero do partido que deu início às suspeitas ao mau uso do dinheiro da sigla.
Sobre Eurípedes: A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam Eurípedes por superfaturamento em contratos na prefeitura de Marabá entre 2012 e 2016. O atual líder do PROS também é acusado de utilizar o dinheiro público para a compra de um helicóptero, mansões, avião bimotor e contratar funcionários terceirizados por meio de empresas de parentes.
Além disso, investigações da PF e do MPF mostram o uso de documentos falsos de Eurípedes. São três nomes, três números de RG e três de CPF diferentes. Em janeiro de 2020, o político também foi acusado de agredir fisicamente sua filha, então com 19 anos, a socos e pontapés.